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Confira o prognóstico de primavera da MetSul Meteorologia

Atualizado em 02/10/2020
Confira o prognóstico de primavera da MetSul Meteorologia

Estamos na primavera, período de preparo de solo e plantação de cultivares em nossa região. De acordo com os meteorologistas da MetSul Meteorologia, a primavera deste ano transcorrerá com o Oceano Pacífico sob La Niña pela primeira vez em anos, o que terá reflexos na nova estação. A expectativa é que o fenômeno de resfriamento das águas do Pacífico Equatorial siga ganhando força, atingindo o seu pico entre o fim do ano e o começo de 2021, devendo ser um episódio de intensidade no mínimo moderada.
A primavera deve ter chuva irregular neste ano. Espera-se uma grande variabilidade de região para região na distribuição da chuva com algumas áreas apresentando precipitação acima da média na média do trimestre da primavera climática de setembro a novembro e outras registrando volumes abaixo da média histórica. Episódios de chuva volumosa e intensa regionalizados são esperados com acumulados de precipitação muito altos em curto período, mesmo com o Pacífico sob La Niña. Já agora, no começo da estação, no final de setembro, o Rio Grande do Sul pode ter um episódio de chuva com altos volumes em diversas regiões.
Historicamente, os efeitos do fenômeno La Niña na chuva são sentidos mais no final da primavera e no começo do verão. Por isso, a MetSul Meteorologia alerta que à medida que o verão se aproximar, entre novembro e dezembro, a irregularidade da chuva tende a se acentuar e algumas áreas do território gaúcho podem enfrentar déficit hídrico, com ameaça de prejuízos em lavouras de ciclo precoce como as de milho.
A MetSul destaca que a primavera é período com maior frequência de tempestades, não raro severas com intensos vendavais e granizo. Há precedentes de tornados na estação. Neste ano, com o Pacífico Leste mais frio do que o normal e sob La Niña, a MetSul avalia que a frequência de tempestades pode não ser tão alta como se estivéssemos sob El Niño, mas quando os temporais ocorrerem podem ser muito intensos pelo maior contraste térmico entre massas de ar frio e quente. Por isso, episódios de vendavais intensos e destrutivos localizados não necessariamente serão freqüentes, mas quando ocorrerem podem ser severos. Os tornados mais graves dos últimos 20 anos na primavera no Rio Grande do Sul se deram na maioria sob La Niña ou Pacífico mais frio que a média.
Enfatizamos que, por tendências históricas, o risco de granizo é especialmente mais elevado quando o Oceano Pacífico está sob La Niña, como é o caso da primavera deste ano, e, assim devem ser esperados temporais com granizo mais intensos nesta estação que começa com danos em áreas urbanas e prejuízos na agricultura em alguns episódios. As regiões Central do Estado, sobretudo os vales, o Noroeste, a Serra, o Planalto e os Campos de Cima da Serra são as regiões com maior propensão para granizo.
Como estação de transição para o verão, na primavera aumenta a frequência de dias de calor e diminui os de frio. O começo da estação ainda tem características mais amenas e até com frio em alguns dias, ao passo que o final já tem padrão típico de verão. Os dias de calor aumentam, especialmente entre novembro e dezembro, quando algumas jornadas são muito quentes com possibilidade de ondas de calor e marcas perto ou acima de 40ºC.
A tendência é de uma primavera com temperatura ao redor ou um pouco acima da média na maioria das áreas, mas entre novembro e dezembro podem ocorrer alguns períodos de calor muito intenso, destaca a MetSul. Em pontos da Metade Sul, a estação pode ter marcas um pouco abaixo da média. O Pacífico mais frio tende a favorecer uma maior probabilidade de que se registrem incursões pontuais de ar frio tardias, porém de curta duração, com um risco agravado de geada em baixadas de localidades do Sul gaúcho e de maior altitude da Metade Norte. No passado, sob La Niña, houve dias de frio e geada até em novembro.
Uma condição típica da primavera é o vento que sopra da tarde para a noite do quadrante Leste, às vezes com rajadas fortes. Como as massas de ar frio de alta pressão atmosférica começam a ter trajetória mais oceânica e o continente passa a aquecer mais com baixas pressões no Norte da Argentina e no Paraguai, o contraste térmico entre ar frio na costa e ar quente no continente assim como de pressão acentua o vento da tarde para a noite do quadrante Leste, sobretudo em outubro e novembro, o que rendeu a expressão popular de “Vento de Finados”. A estação ainda tem risco de ciclones extratropicais no Atlântico Sul e que, em alguns casos, podem ser intensos e provocar muito vento e forte ressaca do mar na costa gaúcha.

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